Este texto tem como objetivo investigar o processo de construção e preservação da identidade e memória das comunidades quilombolas no município de Garanhuns – PE, com destaque para a comunidade de Castainho. O estudo tem abordagem qualitativa de pesquisa, utilizando métodos como análise documental, entrevistas semiestruturadas e observação participante. A fundamentação teórica foi elaborada a partir das contribuições de: Munanga (1996) sobre hibridismo étnico-cultural; Arruti (1997) significado do termo remanescentes; Freitas (1980) tipos de quilombos encontrados em distintas regiões brasileiras; Honneth (2009) teoria do reconhecimento e Santos (2019) acerca dos grupos étnicos negros. A questão central que permeia este estudo diz respeito à preservação da identidade e memória da comunidade quilombola, mediante os desafios contemporâneos. Considerando o contexto de lutas históricas pela liberdade e autonomia dessa comunidade, surgem à problemática sobre como garantir o reconhecimento e a valorização de sua cultura e história em meio às transformações sociais, políticas e econômicas que afetam seus territórios e modos de vida. Diante das ameaças à sua existência física e cultural, é interessante investigar como as comunidades quilombolas enfrentam esses desafios e quais estratégias são necessárias para assegurar a continuidade de suas tradições e a promoção de uma vida digna e sustentável em seus territórios. Os resultados apontam não apenas os obstáculos enfrentados por Castainho, mas também apontar caminhos para a construção de políticas e práticas que fortaleçam sua identidade e memória, garantindo assim o pleno exercício de seus direitos e a preservação de seu legado histórico-cultural.