No presente artigo discute-se sobre alfabetização e letramento de estudantes com deficiência intelectual (DI) na perspectiva sócio-histórica. Objetiva-se refletir pesquisas sobre essa temática, visto que a inclusão do aluno com deficiência intelectual é considerada um desafio nas práticas escolares. Na maioria das vezes, esses estudantes são postos a margem do processo educativo, o que dificulta seu processo de alfabetização e letramento. O referencial teórico se apoia nos estudos acerca da psicologia Sócio-histórica (Vygotsky, 2022; Pino,2000), da pessoa com deficiência intelectual (Figueiredo e Gomes, 2007), da alfabetização e letramento (Soares, 2003; Kleiman,2004; Morais, 2005). Metodologicamente optou-se por uma revisão bibliográfica da temática com base nos autores citados. Verificou-se que a perspectiva sócio-histórica pode contribuir para as discussões sobre as barreiras que impedem a alfabetização e o letramento desses estudantes. Além disso, essa teoria dialoga sobre os processos de mediação docente, que emergem no contexto da sala de aula comum, em prol de favorecer o surgimento de estratégias pedagógicas para a alfabetização e o letramento dos estudantes com DI. Conclui-se que a perspectiva Vygotskyana é uma abordagem potencializadora, pois enaltece o papel do professor como mediador e organizador das práticas pedagógicas de alfabetização e letramento na intenção de incluir os estudantes com DI. No que se refere a alfabetização de pessoas com deficiência intelectual, os autores citados destacam que elas são capazes de aprender a ler e a escrever assim como outras pessoas sem esse tipo de deficiência. No entanto, é possível identificar diferenças entre elas, quanto ao ritmo de aprendizagem, visto que pessoas com DI podem apresentar uma lentidão em seu processo de aprendizagem.