A poesia escrita por mulheres dá voz às suas experiências, emoções e pensamentos, que muitas vezes foram marginalizadas na literatura tradicional. Isso contribui para a representatividade das vozes femininas na cultura literária, permitindo que suas histórias e perspectivas sejam ouvidas e apreciadas. Desse modo, este projeto se propõe a analisar a escrita poética produzida por mulheres como um reflexo crítico das problemáticas de sua própria condição na sociedade. Apesar de muitos avanços sociais, essas vozes-mulheres ainda se sentem permeadas por diversas situações inquietantes que remetem ao passado de dominância masculina. Assim, o presente trabalho visa analisar as principais temáticas abordadas por mulheres na poética brasileira da atualidade e suas implicações na comunidade, além de fomentar a leitura e valorização de sua escrita, visto que esta tem suma importância na sua independência. Essa pesquisa parte da análise de poesias escritas por mulheres, presentes nos livros: O lugar do saber ancestral de Marcia Wayna Kambeba; Não vou mais lavar os pratos de Cristiane Sobral e Desato de Viviane Mosé e tem como metodologia a investigação bibliográfica baseada nas teóricas Woolf (1929), Queiroz (1997) e Schimdt (1995). Intenta-se, para fundamentar o estudo, relacionar o literário da poesia, as lutas femininas no decorrer da história e a atuação da mulher no campo das letras. Dessa forma, temos como objetivo analisar a estreita relação entre poesia escrita por mulheres, suas vivências, seu processo de emancipação e os desafios que as escritoras enfrentam na sociedade atual. O fazer poético transfigura-se como eco das experiências das mulheres que utilizam da linguagem para produzir efeitos políticos e sociais, além de dialogar com diversas áreas de conhecimento.