O elevado número de casos de violência contra às mulheres e de feminicídios desafiam as diferentes instituições sociais a apresentarem soluções que venham a dirimir esse grave problema social. Apesar de possuir em seu ordenamento jurídico leis modernas e progressistas, o Brasil figura no 5° lugar do ranking mundial de violência contra as mulheres. A violência contra as mulheres é um fenômeno complexo e multifacetado e, portanto, será erradicado apenas com a colaboração de diferentes setores sociais. É sabido que o fenômeno revela subjacente a cultura machista tão arraigada em nossa sociedade. Nesse raciocínio, esse trabalho se propõe a analisar o papel da educação como uma importante aliada pois, historicamente a escola foi incumbida com a função de forjar valores humanos como o respeito às diferenças, horizontalidade nas relações e paz. A lei Maria da Penha (2006) reconhece em seu texto a importância da educação básica no combate á violência contra as mulheres, preconizando que as escolas por meio de uma abordagem transversal apresentem e discutam acerca dos diferentes tipos de violência sofrida pelas mulheres, a lei defende ainda a institucionalização da semana Maria da Penha nas escolas. Na mesma direção a lei n° 14.164 de 10/06/2021 alterou a lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional para incluir conteúdos sobre a violência contra as mulheres no currículo da educação básica. Desse modo, percebe-se o forte apelo para que a escola forneça sua contribuição na rede social tecida em torno do objetivo de aplacar a violência que tem por alvo as mulheres. Desse modo, se faz necessário refletir sobre a formação docente, o papel da conscientização e fundamentação teórica dos professores.