O presente trabalho pretende identificar elementos que promovem e resultam na descoberta da identidade negra em jovens estudantes do Centro de Excelência Dom Luciano José Cabral Duarte de Aracaju/Se. Herança do passado colonial e escravista, o Brasil tem maior parte da sua população identificada como parda ou negra, porém a branquitude se impõe hegemônica em diversos aspectos da nossa sociedade, e infelizmente, o racismo ainda é uma prática comum nos mais diversos ambientes e camadas sociais. Em uma sociedade que geralmente exclui e discrimina a pessoa negra, a autoafirmação da identidade racial é um dos primeiros passos para o combate do racismo estrutural, bem como para a promoção de práticas antirracistas. Tal consciência é fundamental pois permite um sentimento de pertencimento, orgulho e protagonismo social, algo que geralmente lhe é coibido. Esse processo de autodescoberta apesar de singular em diversos aspectos, perpassa por uma subjetividade, esta sendo individual, mas também coletiva, com características e códigos próprios, manifestados das mais diversas formas, sendo essencial sua identificação, para então promovê-los. A metodologia aplicada em nosso estudo consiste em inicialmente realizarmos um levantamento quantitativo de estudantes que se auto identificam como negros ou pardos no C. E. Dom Luciano. Após isso faremos entrevistas individuais para constatarmos os elementos que colaboraram para a formação dessa autoafirmação negra. Esperamos com o nosso estudo, contribuir para a causa antirracista, apontando subsídios eficazes para o fomento da promoção da consciência, do protagonismo e da representatividade da população negra, sobretudo na nossa comunidade escolar. Esse trabalho é realizado com estudantes de ensino médio do núcleo de Direitos Humanos do Grupo de Pesquisa DomTec, vinculado ao Centro de Excelência Dom Luciano José Cabral Duarte, onde buscamos desenvolver o espírito científico e despertar a inquietação diante dos problemas sociais presentes no ambiente escolar e em toda a sociedade.