Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

LUANDA RUANDA - HISTÓRIAS AFRICANAS: ARTE-EDUCAÇÃO E ANTIRRACISMO EM QUILOMBOS DE PERNAMBUCO.

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

A pesquisa aborda a importância das narrativas orais afro-brasileiras como ferramenta artístico-pedagógica antirracista e de construção da identidade negra. Observa-se que entre algumas comunidades quilombolas de Pernambuco enfrentam o desconhecimento e a negação de sua identidade cultural, agravados pela marginalização histórica e falta de valorização cultural. Fundamentada na oralidade como tecnologia de transmissão de saberes ancestrais, a pesquisa explora a potencialidade das narrativas orais para promover pertencimento e empoderamento das populações negras. O objetivo geral é analisar a relevância dessas narrativas na educação antirracista, com objetivos específicos de identificar seu impacto na valorização cultural, avaliar sua eficácia na promoção da diversidade étnico-racial e investigar seu papel no empoderamento das comunidades quilombolas. A pesquisa, de natureza qualitativa e caráter exploratório, utiliza como corpus histórias orais apresentadas no espetáculo "Luanda Ruanda - Histórias Africanas", o qual percorreu 15 territórios quilombolas de Pernambuco. O espetáculo é idealizado e apresentado pela autora deste trabalho, Stephany Metódio, que é pesquisadora de narrativas orais afro-brasileiras, além de artista, contadora de histórias e arte-educadora. A coleta de informações foi realizada por meio de registros das apresentações e entrevistas com os participantes, observando o impacto das histórias contadas. Os resultados demonstram que a contação de histórias pode ser uma ferramenta antirracista eficaz, contribuindo para a educação brasileira conforme a Lei 10.639/10, promovendo o reconhecimento e respeito à diversidade étnico-racial e fortalecendo a identidade cultural das comunidades quilombolas. Esta pesquisa é essencial para o reconhecimento e valorização das raízes culturais afro-brasileiras, elevando a autoestima dos habitantes e resgatando práticas culturais valiosas. Além disso, evidencia a contação de histórias como uma ferramenta poderosa para a educação antirracista e para a promoção da diversidade étnico-racial no Brasil.

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