Esta é a evolução de um estudo iniciado em 2022 com o intuito de captar a percepção dos alunos sobre o uso da Inteligência Artificial na Educação. O estudo, realizado novamente em 2024, dois anos após a primeira pesquisa, revelou uma mudança significativa na familiaridade e aceitação dos alunos em relação ao uso de IA em atividades pedagógicas. Em 2022, a maioria dos alunos expressou resistência e ceticismo, preocupando-se com a precisão dos dados e a falta de soluções definitivas oferecidas pela tecnologia. Preferiam métodos tradicionais de aprendizagem e mostravam dificuldade em adaptar-se às novas tecnologias. No estudo de 2024, os resultados indicaram uma mudança perceptível na atitude dos alunos. A maioria reconheceu os benefícios da IA para agilizar processos de pesquisa e oferecer feedback rápido. A utilização do ChatGPT, por exemplo, tornou-se uma prática comum e bem recebida entre estudantes. Apesar das frustrações iniciais com a qualidade das respostas e a necessidade de perguntas bem formuladas, os alunos passaram a ver a IA como uma ferramenta complementar valiosa. O referencial teórico-metodológico incluiu a observação direta e a aplicação de questionário, que foca na autonomia do aluno e na mediação do professor para a construção do conhecimento. Os principais resultados mostraram que, embora a aceitação da IA tenha aumentado, persistem preocupações éticas e críticas quanto ao seu uso. Os alunos e professores destacaram a necessidade de uma utilização ética e responsável da tecnologia, evitando discriminações e a perpetuação de preconceitos. Conclui-se que a percepção dos alunos sobre a IA evoluiu significativamente, passando de resistência para uma aceitação cautelosa, reconhecendo seus benefícios e desafios.