Este trabalho versará reflexões sobre o enfrentamento do preconceito em relação a aprendizagem de estudantes da Educação de Jovens e Adultos – EJA, a partir de suas narrativas e experiências. A EJA é uma oportunidade de acesso à educação para todos os jovens, adultos e idosos que não concluíram a educação básica no tempo estimado, por isso o público da EJA é diversificado quando se trata da idade, classe social e econômica, dimensão étnico-racial, dentre outros marcadores. A questão do etarismo é um dos problemas mais presentes. Diante disto, o objetivo deste estudo é refletir sobre como os estudantes do EJA enfrentam preconceitos etários em seu dia-a-dia. A metodologia é baseada em um relato de experiência, na secretaria de educação do município, articulada a uma revisão integrativa de literatura. Os dados foram analisados com base na análise de conteúdo e sistematizados em três categorias: EJA, etarismo, enfrentamento. Os resultados apontam, por um lado, que existe alta incidência do etarismo, por outro, existem também estratégias de enfrentamento objetivas e subjetivas. A EJA é posto, muitas vezes, como uma experiência de perda de tempo e ainda vinculam a informação que esse público não aprende, que são ditos como “papagaio velho não aprende” demonstrando todo o preconceito envolto desta modalidade e do coletivo que participa. Percebeu-se também, o fortalecimento desses estudantes caracterizado pelo empoderamento em realizar os sonhos, através dos estudos. Constatamos, por fim, que o ambiente escolar é para adultos e idosos como um gerador de convivência social, afetiva e educacional, é um espaço para superação, enfrentamento e conquistas que esses estudantes assumem como uma oportunidade para transformação de sua vida individual, familiar e social.