Embora ainda existam algumas divergências relacionadas aos fatores que desencadearam a atual crise ambiental, é fato que estamos diante de uma sem precedentes. Apesar da predominância do paradigma antropocêntrico em nossa sociedade, há sinais incontestáveis de que essa lógica está destruindo a vida do planeta. Sendo assim, é imprescindível a mudança para uma visão de mundo biocêntrica, comprometida com todas as formas de vida na Terra. Para que ocorra essa transformação o processo educacional possui um papel fundamental. Neste sentido, além de estar associada ao modo de consumo, a educação precisa abordar temas relacionados a correta destinação dos resíduos gerados. É justamente com o intuito de auxiliar neste processo que este trabalho/ação extensionista foi desenvolvida. Seu objetivo foi sensibilizar professores e educandos para essa realidade. Para isto foram estabelecidas parcerias com duas escolas do Ensino Fundamental do município de Pinhalzinho/SC. Onde foram realizadas diversas atividades (palestras, oficinas, dinâmicas), que abordaram a temática dos resíduos sólidos (o que são, quais são recicláveis ou não, como descartá-los, o que acontece quando descartamos de forma incorreta e/ou correta, tempo de degradação no meio ambiente e os 5R’s). O tipo de educação ambiental adotada para o desenvolvimento das atividades foi o emancipatório e participativo, caracterizado pela politização e pelo debate das questões ambientais, inclusão da sociedade na tomada de decisões e visão multidimensional das questões ambientais. A resposta dos alunos durante e após as atividades foi muito satisfatória, as dúvidas e os comentários eram diretamente relacionados com os temas abordados. Concluiu-se que tais atividades, além de contribuírem na relação Universidade – comunidade e propiciarem uma significativa troca de conhecimentos entre todos os atores envolvidos, são fundamentais para o porvir do paradigma biocêntrico.