Analisando o contexto da educação básica no Brasil, sabe-se que há uma constante precarização do trabalho do professor, que diariamente se depara com realidades as quais não obteve suporte em sua formação acadêmica, como por exemplo, aspectos emocionais e comportamentais de seus alunos. Tais aspectos evocam a urgência em ampliar as discussões e planejamentos acerca das reais necessidades por meio das quais os professores precisam receber suporte, seja em caráter de formação, seja em caráter de acolhimento emocional. O presente artigo traz como objetivo discutir a importância do suporte emocional aos docentes da Educação Básica no Brasil, através da compreensão de formação continuada. A fim de obter dados condizentes com a realidade, será utilizada a pesquisa bibliográfica, baseando-se também nas experiências da autora enquanto profissional que atua com professores da Educação Básica há mais de uma década, através da Psicologia Escolar. O alto índice de adoecimento dos professores, tanto físico quanto mental, convida-nos a direcionar nossa atenção para repensar as formas de atuação na formação de professores. Repensar as práticas requer enxergar as demandas dos professores para além de lacunas teórico-práticas, mas também abrir espaço para a prevenção de adoecimentos e a promoção de saúde no espaço escolar. As dificuldades enfrentadas pelos professores não podem ficar à cargo apenas deles mesmos, mas sim de toda uma estrutura que deve ser pensada para que a Educação de qualidade realmente funcione. Frente a essa realidade, a Psicologia Escolar está à serviço das propostas de cuidado ao professor, à medida que traz ferramentas de suporte principalmente no que se refere à formação continuada. Pensar em uma formação que busque ouvir os professores, bem como, capacitá-los para que ampliem suas formas de enfrentamento à realidade escolar, é de ordem básica para uma educação de qualidade.