Este artigo propõe colaborar para a discussão sobre a identidade do pedagogo e analisar sua importância a partir do paradigma da proteção integral da criança e do adolescente, a fim de descrever características básicas desse tipo de mediação pedagógica no âmbito do judiciário. Os contextos de violação e necessidades de ampliação de garantia de direitos de crianças e adolescentes impõem desafios à formação do pedagogo. Tais mudanças no campo de atuação do pedagogo têm reverberado positivamente nos cursos de Pedagogia no sentido de ressignificar a identidade destes profissionais e sua atuação em cenários não escolares. A temática do artigo atualiza discussões e abordagens sobre os conhecimentos necessários para práticas que extrapolam os contextos escolares. Metodologicamente, utilizou-se a pesquisa bibliográfica e análise documental por meio da abordagem qualitativa. Assim, buscou-se colaborar para a discussão sobre novos lugares para os saberes da pedagogia. Verificou-se que, no Poder Judiciário, o pedagogo trata da matéria judiciária processual e extraprocessual em situações de acolhimento, escuta, laudo, pareceres e formação de magistrados. Dessa forma, conclui-se que, a atuação nas equipes interdisciplinares tem como objetivo evitar a revitimização da criança e do adolescente cuja escuta especializada é capaz de garantir direitos no sistema judiciário. Neste sentido, propomos possibilidades de pesquisas que envolvam novos saberes na formação do pedagogo e a ampliação do debate sobre novas trajetória curriculares.