A matemática produzida nas etapas da educação básica é essencial para o desenvolvimento cognitivo e para a estruturação do pensamento matemático. Frente a isso, durante os estágios supervisionados, pude perceber uma certa hesitação dos alunos em compartilhar seus pensamentos durante as correções de atividades matemáticas, evidenciando uma cultura que não valoriza o erro. Diante desse cenário, está escrita é um recorte do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), orientado pelo segundo autor, onde propomos uma reflexão sobre a importância de transformar os erros dos alunos em oportunidades de aprendizado, para além de uma abordagem tradicional, que os considera como sinais de falta de entendimento. Como referenciais teóricos, destacamos a evolução do conceito de erro, com vistas para a importância da análise de erros como ferramenta para os processos de ensino e aprendizagem no campo de pesquisa da educação matemática, na qual, nos baseamos, principalmente, nos estudos de Helena Noronha Cury, que entende a análise de erros como sendo uma abordagem reflexiva e instrutiva para o auxílio dos estudantes que desejam o acerto. Como procedimentos metodológicos, partimos de uma abordagem qualitativa, no qual, propomos a implementação de atividades em sala de aula para o diagnóstico e possível interpretação e correção dos erros, transformando-os em oportunidades para um aprendizado autônomo e reflexivo, com base nos princípios da Aritmética, Álgebra e Geometria. A pesquisa será desenvolvida em uma sala de aula dos anos finais do ensino fundamental, em uma escola pública de Vitória da Conquista – Bahia. Os resultados esperados sugerem que tal intervenção poderá elevar o nível de habilidades matemáticas dos alunos, promovendo uma compreensão sólida e abrangente dos fundamentos da matemática. De maneira mais específica, acreditamos na necessidade de repensar as práticas educacionais, no que diz respeito à abordagem dos erros como estratégia didático-pedagógica.