A educação do campo tem sido tema de discussão recorrente no meio acadêmico, entretanto, há lacunas para que sejam observadas questões relativas à formação docente e seus vieses epistemológicos no que trazem a mulher camponesa e seu processo de (trans)formação ao centro das discussões. Dessa forma, este artigo traz como objetivo refletir sobre os processos formativos de uma professora-mulher de meia-idade e sua imersão na docência na escola pública. A fim de estruturar as ideias numa relação de sentido, entrelaçamos as vivencia de gênero no contexto familiar, as motivações e os processos formativos, com ideias não lineares relacionadas ao tema em formatos de subseções, onde estarão contidos os conceitos constituídos da revisão da literatura. No que se refere aos caminhos metodológicos, situamos numa abordagem de natureza qualitativa, visto o interesse pelo diálogo com a teoria e a sua interpretação fenomenológica com o campo epistemológico. Propõe um projeto de investigação no município de Caraúbas/RN, que visa identificar a principal motivação da mulher camponesa tornar-se professora depois da meia-idade. Aspiramos que este estudo contribua no campo teórico-prático no ensino formativo no tocante à educação do campo, especialmente para as mulheres de meia-idade que acreditam na educação como processo de emancipação e transformação.