Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

PERFIL E IMPACTOS DO DESCARTE INADEQUADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM PRAIAS DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

As praias são ecossistemas costeiros com potencial turístico, ambiental e econômico. No entanto, esses ambientes naturais estão frequentemente sujeitos à degradação devido ao descarte irresponsável de resíduos sólidos, resultando na perda da biodiversidade marinha e na dinâmica das comunidades locais. Desse modo, o trabalho visou identificar o perfil e os impactos do descarte inadequado de resíduos sólidos em ambientes costeiros. As atividades foram desenvolvidas no período diurno nas praias de Grossos e São Cristóvão, no Estado do Rio Grande do Norte, em 2019. Esses locais são caracterizados pelo intenso tráfego de pessoas, presença de habitações e empreendimentos, como restaurantes. Foram realizadas quatro coletas com a utilização de luvas e sacos plásticos para o armazenamento do lixo, incluindo a identificação dos resíduos sólidos mediante fotografias (Canon t5). Posteriormente, o material foi transportado ao Laboratório de Ictiologia e Ecologia Aplicada (LABICEA) para a classificação conforme os itens comuns: vidro, plástico, resíduos alimentares, metal, embalagens e papéis. Além disso, aplicou-se um questionário qualiquantitativo, com três questões objetivas sobre os impactos acarretados pelo descarte incorreto de resíduos sólidos. As respostas foram organizadas e plotadas em gráficos através do programa Excel. Os dados obtidos através das fotografias indicaram que ambas as praias apresentaram plástico, enquanto o isopor, borracha e metal foram mais evidenciados na praia de São Cristóvão. Para corroborar com esses achados, as garrafas de cervejas (41%), copos (41%), sacos plásticos (41%), coco (32%), latinhas (27%), isopor (23%) e papel (14%) foram expressivos em todas as coletas. No que se refere aos impactos ambientais, os entrevistados destacaram a redução da balneabilidade (23%), lixo como obstáculo para animais marinhos (27%), contaminação da praia (55%), riscos de acidentes (56%) e a morte de organismos marinhos (64%). Assim, os lixos comuns foram predominantes nas praias de Grossos e São Cristóvão, podendo impactar negativamente no ecossistema local.

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