O presente artigo apresenta O Projeto “Ações Docentes de Inclusão” que é desenvolvido pelo Departamento de Ensino Fundamental e implementado no Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - CAp/UERJ, desde o ano 2000, com o objetivo de realizar o acompanhamento dos estudantes que apresentam tempos diferentes de aprendizagem em relação ao seu grupo-turma e para os auxiliar a consolidar os conhecimentos necessários no seu processo de alfabetização. É um Projeto de Iniciação à Docência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, administrado pelo Cetreina (Departamento de Estágios e Bolsas), e atua na formação inicial dos estudantes das Licenciaturas da UERJ, contribuindo, deste modo, em seus processos de formação inicial. O projeto tem grande importância para o CAp/UERJ e para o Departamento de Ensino Fundamental, pois sua atuação impacta diretamente na aprendizagem dos estudantes em fase de alfabetização (leitura, escrita e raciocínio lógico) e apoia o cumprimento da legislação no inciso V do art. 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, Lei 9.394, de 20-12-1996, em seu objetivo geral, concentrando-se nos três primeiros Anos Iniciais. Seu referencial teórico-metodológico apoia-se em Vigotsky que afirmava que o conhecimento não se baseia no professor, mas pressupõe o ensino, no aprendizado que circunda a realidade. Avaliando-se que foram acompanhados, no mínimo, 36 estudantes por ano letivo. E proporciona para que os bolsistas experienciem a relação teoria-prática pedagógica, as diferentes possibilidades de abordagem para o ensino em sala de aula e as etapas para produção de trabalhos científicos. Sua metodologia propõe que duas vezes por semana os bolsistas estejam nas salas de aula do ano de escolaridade que estão alocados e auxiliem os estudantes na realização das atividades. Uma vez na semana, no contraturno, juntamente com o professor do Departamento de Ensino Fundamental nas atividades de recuperação paralela, acompanham os quatro estudantes indicados pelos professores regentes de turma no Projeto, oferecendo atividades diversificadas, com essa ampliação do tempo de estudos e com um grupo reduzido, possam avançar na construção do conhecimento das questões de alfabetização. Ao final do trimestre é produzido um relatório e realizada uma avaliação para verificar se o estudante ainda precisa participar da Recuperação Paralela. Não havendo mais a necessidade da sua permanência no Projeto a vaga pode ser ocupada por outro estudante que seja indicado pelos professores das turmas regulares.