O presente artigo é resultado de um projeto realizado em novembro de 2023, no mês da consciência negra, nas aulas de sociologia de uma escola de ensino médio no interior do Ceará. Trata-se de uma pesquisa empírica desenvolvida por alunos do primeiro ano, na qual, tínhamos como objetivo entender como as pessoas estavam percebendo o racismo, se elas se consideravam racistas, se já haviam sofrido com isso, e quais as possibilidades de combatê-lo. Metodologicamente foram aplicados 60 formulários com questões abertas, tendo como método a pesquisa quantitativa. Serão discutidos assuntos referentes ao mito da democracia racial no Brasil (FLORESTAN), racismo estrutural (ALMEIDA), além da discussão da interseccionalidade existente que acaba incluindo outros fatores de exclusão social (DAVIS). Percebemos dentre outras questões que apenas duas pessoas se consideraram racistas, a maioria não se percebe como tal, ressaltando ser algo ruim, desumano e uma forma de discriminação e desigualdade, reconhecem que existe racismo no nosso país e que precisamos tentar combatê-lo com educação e leis mais rígidas.