É natural que a sociedade como um todo se transforme ao longo dos anos. No âmbito educacional as transformações culminaram em debates que mais tarde levaram à uma reforma do ensino médio a partir da Base Nacional Comum Curricular. A lei n° 13.415/2017 altera a Lei de Diretrizes e Bases, e define as aprendizagens essenciais na educação básica. A publicação foi permeada de críticas em torno do processo de elaboração do documento, que apresenta muitos desafios. Diante disso, este trabalho tem como objetivo analisar os desafios e os impactos enfrentados no ensino de química, pelos professores da rede estadual de Paulistana-PI com a implantação do novo ensino médio. Realizou-se uma pesquisa documental, e logo após partiu-se para a realização de entrevistas semi-estruturadas com os professores. Verificou-se que houve redução na carga horária para a disciplina de química no ensino médio. Os professores relataram estarem enfrentando dificuldades de adaptação, principalmente no que diz respeito à diminuição na carga horária. Além disso, os professores relataram a alta de formações e de orientação adequada para trabalhar as disciplinas da nova proposta curricular. Outro fator a se destacar é a falta de infraestrutura adequada nas escolas. Verificou-se que os docentes exercem um papel crucial na implementação de mudanças curriculares, e suas percepções oferecem informações valiosas para a prática pedagógica. Por fim, evidenciou-se a necessidade de uma reflexão sobre o momento atual da educação no país. Em suma, evidenciou–se que os professores demonstraram desconforto em relação ao que vem sendo proposto para o ensino médio.