Este trabalho, parte de uma pesquisa de mestrado profissional em educação, tem como objetivo refletir sobre o processo de apropriação da linguagem escrita na Educação Infantil, embasando-se nos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa e delineamento bibliográfico a partir das diretrizes propostas por Pradanov e Freitas (2013). O embasamento teórico se apoia em trabalhos já publicados em livros e periódicos que discutem teorizações de autores como Vigotski (1988; 1995; 2000; 2007; 2010); Lúria (1988; 2001); Leontiev (1978; 1988); Mello (2004; 2005; 2010), Bakhtin/Volochínov (2006); Geraldi (2000), entre outros. O estudo revela que são muitos os pressupostos da Teoria Histórico-Cultural que podem subsidiar a prática docente na Educação Infantil, especialmente no que diz respeito à linguagem escrita. Essas reflexões proporcionam um aprofundamento na compreensão desse complexo processo e oferecem novas perspectivas para repensar os modos de ensinar e aprender nessas instituições. Desse modo, além de enriquecer o entendimento teórico de professores e professoras acerca do trabalho com a linguagem escrita, essas discussões têm também implicações práticas, permitindo-lhes organizar situações de aprendizagem contextualizadas de modo que as crianças possam se apropriar desse instrumento cultural complexo (Vigotski, 2000). Assim, este estudo pretende contribuir para a prática pedagógica de professores e professoras nessa importante etapa da Educação Básica.