A improvisação é uma linguagem da arte/dança que pode suscitar ações de natureza cognitiva, proporcionando, na prática, a aprendizagem para outras áreas de conhecimentos. No estudo, surge o interesse em saber como a arte do movimento, descoberto na improvisação em dança, pode contribuir com o desenvolvimento expressivo do aluno. Considerando o corpo como uma integração (corpomente), a cognição é operada também pelo movimento (sensóriomotor) expressando atitudes de natureza cognitiva. Para compreender as relações estabelecidas entre improvisação e cognição, o referencial teórico prioriza Berthoz(2020), Pinto(2015), Rengel(2011) em diálogo com Martins(1999), Melo(2020) e Ostrower(1973), seguindo a abordagem metodológica interdisciplinar citada por Marques(2013), entre outros pesquisadores. Para melhor exploração da pesquisa, a metodologia baseou-se numa abordagem qualitativa, de natureza exploratória e pesquisa ação Prodanov(2013). A pesquisa se deteve em uma Escola Municipal em Manacapuru-AM, com alunos do 6º ano do ensino fundamental. Para coleta de dados foram realizadas aulas de improvisação em dança, no contexto de uma lenda amazônica “Honorato, A cobra Grande”, em metodologia interdisciplinar, assim como coleta de dados em vídeos, fotos e diálogo com os sujeitos da pesquisa. Os resultados que foram descritos e analisados apontam vários aspectos cognitivos evidenciados na ação de improvisar. Este estudo buscou compreender como a improvisação articula a cognição nos seus laboratórios criadores e quais aspectos dessa dança foram utilizados para chegar aos resultados obtidos no processo, deixando uma reflexão acerca das vivências da improvisação na escola, com o objetivo de continuar desenvolvendo metodologias da dança para aprendizagem dos alunos. Contudo, espera-se demostrar a relevância desse estudo artístico do corpo e contribuir para as reflexões acerca do fazer improvisacional, numa educação de aprendizagem sensível e criativa.