A escola gera expectativas. Muito se espera dela quando se pensa no futuro e em dias melhores. Também gera visões divergentes sobre o seu papel na sociedade. E, por ser uma instituição tão abrangente, seu funcionamento não é tema apenas de diálogos entre especialistas na área de Educação. Em nossa sociedade, todos têm alguma relação com a escola, e portanto, legitimamente, tem ideias a seu respeito. Fato é que, apesar de melhorar em muitos aspectos, ainda há problemas de acesso, permanência e em muitos casos, há a visão de que a escola não é solução, mas parte do problema. Acreditamos ser necessário ir além das explicações do senso comum, típicas do pensamento neoliberal, como por exemplo, a da meritocracia. Pensamos, ainda, ser necessário interpretar os dados oficiais sob a luz das teorias da Sociologia da Educação, para compreendermos melhor este processo. Este trabalho apresenta os resultados de um projeto de pesquisa que tem como objetivo compreender a relação existente entre a escola e as desigualdades sociais, de forma a contextualizar a sua realidade cotidiana a contextos sociais mais amplos, no que diz respeito às estruturas sociais. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida no IFRN, Campus Parelhas, entre professores e estudantes do Curso Técnico integrado em Mineração. A pesquisa se desenvolve na forma de encontros semanais, nos quais são lidos e debatidos textos e dados educacionais. Como base bibliográfica lemos, dentre outros, textos dos seguintes autores: Claudius Ceccon, Paulo Freire, Pierre Bourdieu e Bernard Lahire. Como resultado, esperamos com o desenvolvimento deste projeto fortalecer o diálogo e a compreensão sobre a relação existente entre a escola e a sociedade e, consequentemente, em relação às demais instâncias da sociedade, possibilitando aos alunos e professores envolvidos um aprofundamento da compreensão e a reflexão sobre as práticas educativas.