presente artigo referenda um recorte de pesquisa de Mestrado Profissional (PPGFP-UEPB), na Escola João XXIII, Instituição do Campo no município de Pocinhos-PB. Com objetivo discutir sobre a importância de autoria negro-feminina na literatura infantojuvenil, numa perspectiva antirracista e decolonial a partir da análise da obra literária o Black Power de Akin ( 2020), autoria de Kiusam de Oliveira e, enveredar o entrelace entre literatura e a pedagogia Eco – ancestral na construção literária infantojuvenil para (re) construções identitárias das crianças e infâncias de maneira positiva, de forma a combater o racismo vivenciado no contexto da sociedade. Apresenta uma abordagem metodológica bibliográfica e descritiva, alicerçados na pesquisa-ação, partimos de estudos literários e análises de documentos relativos à temática étnico-racial, seguida, das narrativas vivenciadas com oficinas literárias numa turma de 5º ano, Escola do Campo, pertencente ao Município de Pocinhos-PB. O embasamento teórico na Lei Federal 10.639/2003, e autores como Oliveira (2020), Moreira (2019), Cosson (2009), Duarte (2011), entre outros. A partir deste estudo, reflexões e vivências constatamos o papel preponderante que a literatura infantojuvenil de escrita negra feminina exerce na (re) construção e (re) existência da identidade e dos corpos negros de meninos, como descortinar o racismo ainda silenciado e camuflado, no contexto infanto-juvenil, corrobora na construção de pensamento crítico e reflexivo de forma positiva e empoderada da negritude e identidade negra, entrelaçada com a pedagogia eco- ancestral de forma a combater as multifaces do racismo e a necropolítica social.