Observa-se que na contemporaneidade já não é mais possível negarmos a existência das tecnologias digitais nos processos educativos pelas diversas práticas de ensino que ocorrem na educação por diferentes estruturações sistêmicas educacionais pelo mundo. Lousas digitais, computadores, tablets, smartphones, atividades online dentre outras ferramentas pedagógicas já fazem parte do cotidiano de praticamente todas as escolas. Objetiva-se neste artigo tratar das questões do uso das tecnologias digitais, sobretudo, com um enfoque metodológico na obra do sociólogo francês Pierre Lévy e nas faces expressivas críticas desses posicionamentos teórico- político-educacional desse autor em destaque. É tratado, principalmente, o conceito de cibercultura, também são expostas algumas interlocuções que visam contrapor as ideias defendidas por Pierre Lévy. Como resultado pode-se perceber que os conceitos criados e difundidos por Pierre Lévy nas suas obras estão associados à uma defesa de uma educação liberal por meio das tecnologias digitais e uma automação das máquinas gerenciando o conhecimento e o ensino-aprendizagem dos educandos. Fato este contestado por uma gama de autores críticos a essa visão, elencados durante o trabalho. Com isso, afirmamos que nenhum percurso metodológico educacional é criado sem metas específicas e políticas e que o âmbito digital de ensino não foge a essa regra de interesse de dominação e segregação das classes sociais humanas em patamares diversos de estratificação, consequentemente, de subjugação e luta interna.