Este artigo emergiu da nossa experiência de pesquisa em iniciação científica vinculada ao Núcleo de Pesquisa (NUP) UNIFACOL e da leitura decolonial da obra Infâncias Negras escrita por (Gomes; Araújo, 2023). O mesmo inspirado pelo movimento de resistência decolonial ergueu-se a partir do seguinte objetivo: Identificar aspectos de resistência à ofensiva da colonização na educação infantil e as implicações disso para o empoderamento das infâncias negras. Teoricamente, por um lado, mobilizamos os recursos teóricos do pensamento decolonial para ressignificar o processo de colonização do povo negro e das infâncias negras. Nesta direção, Segato (2021), Bellestrin (2013), Gomes & Araújo (2023), Gomes (2020). Por outro lado, descrevemos como o movimento negro educador reage às tentativas de colonização da educação infantil por parte de reformas educacionais que atingem a práxis docente crítica a colonização da educação contemporânea o que pode impactar no empoderamento das infâncias negras. Nesta direção a reforma da BNCC e os ataques conservadores à educação no governo Bolsonaro são abordados sob a ótica de Gomes (2020), (Abrúcio, 2021); (Laval; Verne, 2023); (Charlot, 2020). Metodologicamente, nossa pesquisa é de natureza qualitativa, do tipo bibliográfica, filiada ao interpretativisimo científico. A coleta de dados se deu a partir de fichamentos/analises e leituras de artigos e livros que se correlacionam efetivamente ao tema. Para analisar os dados, utilizamos a proposta de análise do conteúdo compreensiva do texto proposta por Minayo (2008). Por fim, nossas considerações finais sinalizam que a emancipação das infâncias negras mobiliza diversos agentes sociais no campo educacional é fundamental para ressignificar o movimento de colonização dos sujeitos negros. Nessa direção o impacto do movimento negro educador nas escolas aponta para uma possibilidade autêntica de resistência. Para fundamentar essa tese há que se realizar uma pesquisa de maior fôlego, algo que já está em curso e esperamos publicá-la em breve.