A formação docente é campo de disputas epistemológicas que reflete os contextos e tempos da nossa sociedade. O que se compreende como formação é processo de debate e embate constantes que orientam políticas públicas e a própria configuração das instituições formadoras. Este trabalho tem como objetivo discutir o conceito de formação a partir da experiência nas construções subjetivas, e analisar de modo relacional seus limites e possibilidades para confirmar, complementar, avaliar e confrontar a dimensão institucional da formação de professores. Para isto, apresentamos como exemplo os movimentos realizados para compreender sentidos e significados atribuídos ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), nas trajetórias experienciadas por ex-bolsistas do subprojeto Geografia. Mas, para além do PIBID, estes escritos intentam valorizar abordagens experienciais ancoradas no método (auto)biográfico, para fazer uso do seu potencial na construção e transformação nas/das dimensões institucionais. Defendemos como ideia central deste trabalho que apropriar-se do contexto da formação docente, é também, e talvez sobretudo, apropriar-se com mais profundidade de nós mesmas/os e dos nossos contextos. Concluímos que, aos profissionais da educação que se formam, é imprescindível o desenvolvimento das leituras de si e de mundo articulada com a leitura teórica, de modo a produzirmos movimentos para um Brasil melhor e mais justo através da educação.