As crianças, desde os primeiros anos de vida, criam situações a partir de elementos conhecidos por elas em diversas experiências cotidianas, sejam pessoais ou coletivas, e é por meio destas experiências vivenciadas diariamente que elas se tornam quem são e nos revelam quem poderiam vir a ser em suas diversidades. Nesse sentido, compreende-se que as experiências das crianças na educação infantil podem possibilitar que elas se reinventem e ressignifiquem o que veem, ouvem, tocam e sentem, podendo assim produzir novos conhecimentos sobre o mundo em que vivem. O presente artigo tem como objetivo geral compartilhar os resultados de uma pesquisa desenvolvida em uma instituição de educação infantil, por meio de um projeto de extensão junto a UFPI no ano de 2017. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em que a produção dos dados aconteceu por meio de três procedimentos, sendo a entrevista semiestruturada, a observação participante e os encontros formativos. As interpretações dos dados foram conduzidas com base na análise de conteúdo de Bardin (2011) e o referencial teórico-metodológico nos estudos de Vygotsky (2000; 2004; 2007). Os principais resultados da pesquisa foram a comprovação de que as crianças da educação infantil ao vivenciarem diferentes experiências relacionadas ao mundo físico e social, enunciam não apenas suas potencialidades e criatividades, mas produzem seus próprios conhecimentos, revelam comportamentos inusitados e pertinentes no processo de aprendizagem delas, observam e criam elementos novos estabelecendo conexões com outras experiências igualmente relevantes, tornam-se investigadoras e protagonistas de suas ações em diferentes contextos.