Relato de uma experiência de oficina de xadrez ministrada na semana da educação inclusiva no ano de 2022. A elaboração da oficina ocorreu na sequência de atendimentos ao aluno com autismo que é público-alvo do Atendimento Educacional Especializado AEE. Justifica-se a escolha da prática em diminuir barreiras encontradas pelo aluno com autismo de nível de suporte 1 no ambiente escolar, criando caminhos a partir de suas habilidades e potencialidades para contínua permanecia do educando dentro do espaço educacional que é a escola. O aluno tinha dificuldades de frequentar a sala de aula com fragilidades em barulho e interação social. Objetiva-se nesta oficina de xadrez promover ao aluno com Transtorno do Espectro Autista o desenvolvimento de suas potencialidades no ambiente escolar, favorecendo o protagonismo do aluno e a interação com seus pares e a permanência do estudante na frequência escolar nos atendimentos e nas aulas da sala comum. A metodologia abordada foi a aplicação do Plano de AEE, em 8 atendimentos de 50 minutos. De acordo com contribuições dos autores Mantoan e Lanuti, do livro: a escola que queremos para todos. A oficina de xadrez veio a desenvolver as funções executivas do aluno, contribuindo para elaboração e organização de estratégias; a sustentação da atenção; a flexibilidade e a plasticidade comportamental; a mudança estratégica e a programação do que iria ocorrer (Fonseca, 2014). A interação do aluno com os participantes foi muito relevante nesta experiência, já que o aluno não conseguia conversar com os colegas. O aluno com a função de instruir e ensinar o método do jogo xadrez conseguiu interagir e conversar com os participantes da oficina. Considera-se que a atuação do professor para este aluno oportunizou ao aluno e a escola a vivenciar a escola para todos, em que tanto o aluno com deficiência aprende, como também ensina.