O debate sobre o racismo na sociedade contemporânea é complexo e multifacetado, como ilustrado pela discussão entre Antônio Risério e ativistas antirracistas. Risério propõe a existência do "racismo preto antibranco", destacando manifestações que ele acredita serem frequentemente negligenciadas. No entanto, os ativistas contestam essa perspectiva, argumentando que tais situações são mais bem descritas como discriminação racial, não como racismo estrutural. Essa divergência reflete a complexidade das relações entre identidade, diferença, racismo e poder. Risério adverte sobre os perigos do identitarismo, que pode levar ao fundamentalismo e à divisão, enquanto os ativistas defendem a importância da identidade como forma de resistência e reconhecimento em contextos de opressão histórica. Além disso, a análise do bolsonarismo como fenômeno político no Brasil destaca como as questões de identidade e poder estão intrinsecamente ligadas à política nacional. A comparação com o fascismo ressalta preocupações sobre autoritarismo, manipulação da verdade e o papel das redes sociais na disseminação de informações. O trabalho aborda diferentes perspectivas sobre o racismo, apresentando críticas às ideias de Antônio Risério por vários autores ativistas. Petrônio Domingues argumenta que Risério confunde discriminação racial com racismo, destacando que o racismo é estrutural e difere do preconceito e da discriminação racial. A identidade é discutida como fundamental para a formação da sociedade, com os autores Oliveira e Mantovani apontando como os africanos foram forçados a adotar uma identidade imposta pelos colonizadores europeus. Eles afirmam que a identidade branca se tornou dominante e normativa, levando à estigmatização do diferente. Em suma, o debate revela a complexidade das questões raciais e identitárias no Brasil. É essencial continuar esse diálogo para promover uma compreensão mais profunda das dinâmicas sociais e trabalhar em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.