Em colaboração com o Projeto Algodão em Consórcios Agroecológicos, uma iniciativa conjunta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Serra Talhada, da Secretaria de Agricultura de Serra Talhada e da Fetape, o projeto em desenvolver um "Dispositivo de Baixo Custo para Redução de Pragas no Plantio de Algodão no Sertão do Pajeú" foi implementado em 2023. O objetivo principal foi criar um protótipo acessível de armadilha luminosa para capturar pragas, destinado ao plantio de algodão orgânico. Este dispositivo foi elaborado a partir de componentes eletrônicos e foi instalado na comunidade de Caiana, localizada na zona rural de Itapetim-PE, onde a produção de algodão orgânico é uma prática comum. O propósito era tornar a armadilha totalmente sustentável, autônoma e facilmente móvel, funcionando exclusivamente com energia solar. Uma das pragas mais problemáticas para os cultivadores de algodão orgânico na região do Sertão do Pajeú é a lagarta rosada. Por isso, os agricultores recorrem ao uso de armadilhas para capturar essas pragas, evitando o uso de substâncias químicas que possam contaminar os recursos hídricos e representar riscos para a saúde da comunidade e dos próprios agricultores. Dado o hábito noturno dessa lagarta, as armadilhas luminosas são comumente empregadas, mas o custo desses dispositivos muitas vezes impede o acesso dos agricultores a eles, levando-os a improvisar suas próprias soluções. Foi dentro desse contexto que o projeto em questão foi concebido, pois as armadilhas artesanais produzidas pelos agricultores apresentavam limitações que comprometiam sua eficácia na captura das pragas. Uma dessas limitações era a dependência de energia elétrica, o que resultava na instalação das armadilhas próximas às residências, distantes dos campos de algodão. Como resultado do projeto, foi desenvolvido um dispositivo que captura eficientemente a praga de hábito noturno, endo alimentado exclusivamente por energia solar.