Este estudo explora a transformação das linguagens na era digital, com foco nas "linguagens líquidas", um conceito proposto por Lúcia Santaella (2007) que descreve a fluidez, mobilidade e constante evolução das novas formas de linguagem mediadas pela tecnologia. O objetivo é investigar como estas linguagens afetam os processos cognitivos e as práticas de aprendizagem, enfatizando a relação entre as características das linguagens digitais e os tipos de leitores identificados por Santaella (2004-2007) - contemplativo, movente, imersivo e ubíquo. Essa abordagem permite uma compreensão aprofundada dos desafios e oportunidades para a educação na contemporaneidade, explorando como os diferentes tipos de leitores que se adaptam e respondem às novas formas de linguagem. Por meio da análise destas dinâmicas, a pesquisa busca entender como diferentes perfis de leitores se adaptam e respondem às demandas cognitivas impostas pelas linguagens líquidas. Utilizando uma abordagem interdisciplinar que propõe-se uma revisão crítica da literatura e análise de estudos selecionados para examinar os impactos dessas linguagens na atenção, memória, percepção e outras capacidades cognitivas, bem como suas implicações para as estratégias de ensino e aprendizagem. A pesquisa visa contribuir para o debate acadêmico sobre a necessidade de desenvolver práticas pedagógicas que estejam alinhadas com as características das linguagens digitais e os perfis dos leitores na era digital, oferecendo perspectivas para o aproveitamento das potencialidades das tecnologias educacionais contemporâneas.