Ao estudarmos a ecologia escolar em nosso ESO, percebemos dificuldades dos estudantes manterem a atenção durante as aulas de biologia. Portanto, propusemos uma forma lúdica de abordar temas da disciplina com o objetivo de despertar o interesse na ciência e tornar o ensino significativo. A atividade interventiva foi aplicada em momentos distintos com duas turmas e envolvia a formação de grupos que passariam por um circuito com 4 estações, sendo elas: Zoologia, onde os alunos identificavam qual grupo cada animal pertencia; Anatomia e Fisiologia Humana, com um jogo da memória de pares formados de um órgão do corpo humano e sua função correspondente; Citologia, onde os estudantes organizavam as organelas dentro das maquetes de célula vegetal e animal; e Genética, onde os estudantes diziam qual fase da divisão celular estava ocorrendo através de um aplicativo em 3d. Ao final, aqueles que finalizaram em menos tempo, ganharam e, posteriormente, divulgamos o pódio com premiação em medalhas de tampinhas. Em uma das turmas em que trabalhamos, observamos um ótimo retorno nos resultados das atividades e no feedback a esse tipo de metodologia de ensino. Houve uma aceitação quase que imediata dos estudantes, as respostas às atividades tiveram mais acertos do que erros e em tempo menor do que proposto. Solicitamos aos alunos um vídeo sozinho ou em conjunto contando sua experiência e avaliação. Uma das falas que ouvimos trouxe à tona nossa problemática inicial: “Como tornar o ensino de ciências mais atrativo para a construção de um conhecimento significativo?”. Essa pergunta não tem apenas uma resposta, as formas de fazer com que isso aconteça depende da turma, do docente, da gestão, do contexto social, etc. Em contraponto, a escuta ativa é a chave para entender qual o próximo passo a ser dado para formar cidadãos que valorizam o ensino e a ciência.