O presente artigo pretende abordar o processo de objetivação e apropriação na perspectiva da emancipação humana, destacando o papel que a educação, numa perspectiva ontológica, cumpre nesse processo. Compreendendo que o complexo da educação, em seu sentido amplo e restrito desempenha a função social de imprimir, conforme Saviani, nos indivíduos o conhecimento produzido e acumulado pela humanidade, atuando no âmbito da reprodução social, contribui com a apropriação do processo de objetivação. O processo de objetivação e apropriação inicia-se na relação indivíduo e natureza. Por meio da qual a espécie humana realiza a atividade fundante, o trabalho, que consiste na transformação da natureza em bens úteis à existência humana, possibilitando o salto do ser social que ao transformar também se autotransforma e adquire novas capacidades e habilidades. Nesse momento ocorrem esses dois momentos que são diferentes, mas constituem uma unidade do processo de produção. O complexo da educação tem como tarefa primordial, permitir a apropriação individual do patrimônio produzido pelo gênero humano. E como os demais complexos sociais, ela constitui-se, historicamente, ao longo da sociabilidade. No entanto, a educação cumpre o papel social de não só possibilitar aos indivíduos a apropriação do conhecimento como também por meio dela instrumentaliza os mesmos para a objetivação. Nesse sentindo, pretendemos abordar a processo de objetivação e apropriação, destacando a função social que a educação numa perspectiva revolucionária cumpre para a emancipação humana ao possibilitar a apropriação da riqueza social produzida pela humanidade.