Este trabalho tem o intuito de discutir as nuanças do processo de formação dos gestores escolares no que concerne a gestão escolar democrática, entendendo que a formação de gestores é um assunto relevante para qualidade da educação e que carece de um debate científico-acadêmico para fortalecimento das áreas da administração e gestão educacional. Ressaltamos como a gestão democrática é compreendida e trabalhada na formação dos gestores e de que maneira esse entendimento é colocado em prática, objetivando o cumprimento do princípio democrático e maior participação da comunidade escolar. Para discussão e entendimento desse processo de formação dos gestores, realizamos uma pesquisa de cunho bibliográfico, baseando a leitura do cenário em Gadotti (2014), Souza (2017), Ribeiro (1978), Wittman e Gracindo (2001) e Paro (2009); e uma pesquisa documental, recorrendo a LDBEN (1996), Plano Nacional de Educação (PNE), Anuário Brasileiro da Educação Básica e Censo Escolar (2023). A gestão democrática não é apenas um princípio pedagógico, ela se apresenta também como uma obrigação constitucional. A formação do diretor precisa de uma base técnica em gestão educacional e de uma formação continuada, visando associar conhecimentos e experiências, assim como aprimorar o desempenho pessoal e institucional. O cômputo aponta uma dissonância entre o que os documentos legais requerem e a realidade educacional, apontando para uma formação precária dos gestores. Há também um binômio entre teoria e prática, ressaltado por problemas políticos na escolha e eleição de diretores.