Este trabalho consiste na análise do papel desempenhado pela educação nas principais abordagens teóricas educacionais desenvolvidas entre os anos 1970 e 1990, em particular a Teoria do Capital Humano (TCH) e o Tecnicismo. Abordaremos criticamente as concepções pedagógicas da educação nesse período, associando essas ideias à economia capitalista e às demandas das agências multilaterais para a manutenção da sociabilidade do capital. É enfatizada a importância de uma análise crítica das diferentes facetas dessas teorias em favor do capital. A metodologia adotada foi uma revisão bibliográfica fundamentada nos escritos de Mészáros (2011) e Frigotto (2010), que abordam a influência da Crise Estrutural do Capital no desenvolvimento da TCH e suas implicações. Também foram considerados os trabalhos de Saviani (2011) e Gentili e Silva (1996) no que tange à relação entre a TCH e sua defesa de uma concepção de educação como instrumento de adaptação e dominação da classe trabalhadora. Concluímos que essas teorias educacionais têm contribuído para a perpetuação do sistema capitalista, atribuindo à educação a função de servir aos interesses econômicos de acumulação e manutenção do status quo, sendo influenciada pelos padrões do mercado capital, adaptando-se aos seus princípios de produtividade e competição, os quais mantêm o indivíduo conformado com o sistema capitalista atual.