Este estudo propõe uma reflexão sobre o retorno dos adolescentes às escolas pós-pandemia, investigando as mudanças decorrentes deste interstício pandêmico no cotidiano escolar, visto a importância do papel da escola diante da transição que a adolescência representa para a constituição psíquica do sujeito. A partir da experiência de uma pesquisa extensão em uma escola com estudantes do Ensino Médio, buscamos compreender o aumento do mal-estar e sofrimento psíquico dos estudantes e os efeitos que esse período causou na saúde mental deles, assim como os possíveis impactos no laço social entre esses jovens e a escola após a pandemia. A pesquisa também buscou abordar o impacto do distanciamento social, do ensino remoto e das restrições escolares nos modos de subjetivação e no contexto educacional, além de também analisar a dimensão da temporalidade, subjetiva e cronológica, tanto da própria da adolescência quanto da escola e da pandemia que atravessaram todo esse contexto. Por fim, buscou-se identificar as estratégias para promover a reconstrução de laços sociais saudáveis e significativos no ambiente escolar pós-pandêmico. O trabalho ficou dividido em 3 partes: tempo subjetivo, laços com a escola e laços horizontais. Essa pesquisa está articulada ao projeto - laço social, modos de subjetivação e educação, que investiga o mal-estar dos estudantes adolescentes e o laço educativo nos contextos contemporâneos e utilizou os registros das atividades realizadas, ao longo do ano de 2022, pelo Projeto de Extensão “Da escola à universidade: escutando o mal-estar” que é formado por uma parceria entre a UNIRIO, UFF e UFRJ, e do LAPSE - Diretório de Pesquisa, Psicanálise, Educação e Laço Social e que oferece oficinas para o público de estudantes adolescentes matriculados em uma escola pública localizada na zona sul da cidade do Rio de Janeiro.