A presente pesquisa aborda a complexidade da maternidade e a busca por conciliar este papel com os estudos de gênero. Primeiro foi realizado uma reflexão sobre como aconteceu a construção histórica e cultural do afeto materno com base no livro “Um Amor conquistado: o mito do amor materno” de Elisabeth. Badinter. A pesquisa em questão baseou-se em outras fontes bibliográficas, incluindo obras que falam sobre as questões de gênero nos estudos das ciências sociais, e ainda buscamos em outros materiais que abordassem as temáticas de gênero e maternidade. Por isso o objetivo geral do artigo consiste em analisar a maternidade do ponto de vista dos estudos de gênero, com objetivos específicos como situar historicamente e culturalmente o tema e debater as dinâmicas de gênero relacionadas à maternidade. Para fundamentar teoricamente o estudo, foram analisadas teorias de autoras como Judith Butler, Henrietta Moore, Alinne de Lima Bonetti, Gayle Rubin, Joan Scott, Audre Lorde, Lelia Gonzalez, bella hooks e Patricia Collins. Com tudo isso observamos que a maternidade atravessa cada mulher de forma diferente a depender da classe, raça, sexualidade e outros marcadores. Sendo assim, ressaltamos sobre a importância de considerar as interseccionalidades para compreender de maneira integral essas diversas formas de vivenciar e compreender a maternidade.