Ao gênero feminino foram atribuídos diversos papéis e funções ao longo do tempo que, na maioria das vezes, não o favoreciam. Assim, foi necessário lutar pelos direitos femininos que antes restringiam-se e dependiam do aval masculino. Ao homem era possibilitado o acesso à educação e os trabalhos de chefia, enquanto que às mulheres cabia permanecer em suas casas, cuidando dos filhos ou trabalhando em cargos mais baixos e ganhando salários inferiores aos dos homens. Referente às conquistas femininas, destaca-se o importante papel dos movimentos feministas que lutaram bravamente por seu espaço. Porém, as diferenças de gênero, construídas socialmente, ainda impendem mais avanços. Assim, objetiva-se desenvolver uma revisão teórica acerca das funções de gênero e das dificuldades encontradas pelas mulheres em exercer funções e conquistar espaço no mercado de trabalho, destacando sua inserção na academia militar. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que vislumbrou apreender as dificuldades em relação à temática da dualidade dos sexos, de como a educação pode contribuir para desconstruir os protótipos construídos socialmente e de como a mulher pode fazer parte da educação militar. Os resultados mostram que há muito que se conquistar, pois apesar da mulher estar inserida em distintos campos, ainda enfrenta dificuldades para exercer cargos de chefia e obter salários igualitários. Nesse sentido, mostra-se necessária a desconstrução de ideias limitantes acerca das capacidades femininas sendo preciso, para isso, que se problematize as representações e identidades de gênero.