Este abalroamento qualitativo descritivo contempla uma discussão sobre as questões gênero e sexualidade na escola a partir de nossa experiência docente na orientação de alunos/as estagiários/as do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, na cidade de Picos. Intencionamos acender reflexões sobre essa temática contribuindo com a formação docente de nossos/as alunos/as, esmerilando olhares sobre condições naturalizadas de opressão, repressão, humilhação, ignorância diante das particularidades que envolvem o debate sobre gênero e sexualidade na escola, valorizando a necessidade de posicionamento político do fazer docente. Matutamos sobre o que entendem e como os/as professores/as lidam com as questões de gênero e sexualidade em sua prática docente? E, nossos/as alunos/as estagiários/as, como entendem e como lidarão com essas questões em sala de aula? Focamos na necessidade de observar e orientar o estágio a partir das demandas infantis sobre sexualidade, gênero, respeito para as descobertas sobre o corpo. Nas raias do estudo pontuamos que nossa prática docente, além de investigativa deve ser emancipadora. Orientar jovens alunos/as graduandos/as de Pedagogia nas atividades essenciais do Estágio Supervisionado na Escola, e educar para a emancipação é o desafio apetecido na construção de um mundo humanizado, sensível e livre. As trilhas para a emancipação atravessam a educação para o respeito às diferenças. Na experiência do estágio, alunas-professoras descobriam o silenciamento de práticas docentes diante das questões de gênero e sexualidade, inquietando-se com as posturas das professoras quando desperdiçam a oportunidade de mostrar às crianças que somos todos seres humanos.