O presente trabalho articula a violência obstétrica a partir da produção visual e audiovisual, seja a partir de documentários ou do projeto fotográfico acerca do tema. Nessas produções estão presentes as vozes e o relato de mulheres as quais sofreram com abusos e maus tratos, excesso de intervenções e a medicalização dos processos fisiológicos. O intuito consiste em articular a narrativa das mães com o cenário presente e a mudança da assistência ao parto, além de trazer visibilidade e discussões a respeito desse tema. Primeiramente, buscou-se definições de violência obstétrica, entre elas, reside a violação de direitos humanos fundamentais e problematiza a falta de autonomia da mulher e de seus direitos sexuais e reprodutivos, também se caracteriza como forma de violência contra a mulher. Em um segundo momento, um panorama sobre o parto brasileiro, enquanto elementos externos aos documentários. Como metodologia, foi utilizada a análise fílmica, em que os elementos internos e externos dos documentários são analisados. Os documentários “Violência obstétrica: a voz das brasileiras” e “A dor além do parto” trazem histórias as quais suscitam a angústia do momento, além de uma necessidade de transformação, e também fornecem informações acerca da violência obstétrica, tal qual o projeto fotográfico 1:4, que apela para o visual, ou seja, independente do formato funcionam como formas diversificadas de trazer visibilidade a esse tipo de violência.