Este trabalho terá como pressuposto expor as experiências metodológicas do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde, que tem dialogado com os temas de educação, gênero, raça, sexualidades e as construções das epistemologias, a partir de vertentes graduais dos colonialismos x pós-coloniais, moderno x pós-moderno, especialmente a partir da linha epistemológica do sul. Este pretende abordar as construções do conhecimento, a partir dos grupos de estudos e pesquisas, que tem como foco dialogar com autores/as que fogem da linha dita “central” do conhecimento, reconhecido como o Norte, onde as ciências foram construídas por homens brancos, de classe média, heterossexuais, tendo a tendência de pensar outras culturas a partir da sua realidade social, excluindo outras formas de dialogo dos saberes. Tendo foco no positivismo e a neutratalidade axiológica que excluíam outras formas de fazer ciência, especialmente as que vinham de outras localidades reconhecidas como periféricas, especialmente as que vem do Sul. É a partir deste ponto inicial que o grupo de pesquisa vai dialogar com outros formas metodológicas de ensino e pesquisa-ação que vai pensar o Outro, como Sujeito, que constrói para além das normatizações científicas, evidenciando o campo mais amplo de construção dos saberes, especialmente o de autores/as negros/as que pensam a partir do conhecimento situado e político, partindo dos pressupostos de paradigmas feministas e não racistas, que vão dialogar com outras formas de fazer ciência, sem levar como foco a heternormatividade, o positivismo, mudando o eixo de construção do conhecimento, reconhecimento as teorias e vozes trazidos pelos/as que foram subalternizados/as por séculos, a partir dos olhares imperalistas e colonizadores. Pensar toda esta construção faz o palco das reflexões a corporeidade como ação política e tendências pedagógicas, metodologicas, contribuindo para a inclusão, pensando o corpo, a alteridadade, os saberes que vão para além das formalidades acadêmicas, fugindo da hegemonia do conhecimento dito como “neutro” e “correto” no campo mais amplo da educação.