Este artigo propõe uma reflexão a partir de relatos de experiências construídas ao longo da realização das disciplinas Estágio Obrigatório - ESO III e IV, a saber: ensino de Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira e Portuguesa do curso de Letras/Português da Universidade Federal Rural da Amazônia, campi Belém e Tomé-açu. Tal reflexão se faz necessária, sobretudo diante do quadro atual que retira a Literatura como componente curricular obrigatório no Novo Ensino Médio, cujo conteúdo aparece “dissolvido” na disciplina de língua portuguesa. Assim, este texto tem como objetivo apontar caminhos teórico-metodológicos de trabalho com o docente, ainda em formação, que precisa lidar com os conteúdos curriculares de forma competente (diante da regência cobrada pela disciplina) e política, posto que os projetos político-pedagógicos dos cursos devem passar por reformulação justamente para atender a demanda do Novo Ensino Médio. Para a fundamentação teórica deste texto, fundamentamo-nos nos trabalhos de Zeichner (1993), Ghedin (2006), Pimenta e Lima (2006) e Cosson (2019).