O presente trabalho tem como origem dois relatórios de atividades elaborados em 2013 para a conclusão de um ciclo do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). À época, estávamos finalizando a licenciatura na Universidade Federal Fluminense (UFF) e integrávamos o primeiro grupo de estudantes do subprojeto de História da instituição, financiado pela CAPES e orientado pelo Prof. Manuel Rolph. Durante dois anos, entre 2011 e 2013, tivemos a oportunidade de lidar com os desafios que permeiam o âmbito escolar ao atuarmos no Colégio Estadual Manuel de Abreu, na cidade de Niterói/RJ, sob a supervisão do Prof. Arthur Bandeira. Passada uma década, decidimos revisitar tanto o que fora escrito no fim da graduação quanto a própria experiência de bolsistas como um todo – mas agora na condição de professores que já dispõem de uma rica vivência em sala de aula. Assim, primeiramente, será apresentada uma reflexão sobre as iniciativas que desenvolvemos há dez anos, como a regência de aulas, a organização de palestras com convidados ilustres e a realização de visitas a pontos históricos, para, em seguida, pensarmos sobre a construção da nossa identidade docente. Nesse contexto, ressaltaremos a importância do PIBID para a trans/formação (ANDRADE, 2017) dos participantes, pois ali ocorria um movimento circular de formação. Afinal, enquanto os bolsistas puderam dar início ao processo de formação docente, os professores – o supervisor na escola pública e o orientador na universidade –, por outro lado, tiveram uma oportunidade ímpar de formação continuada, o que conferiu ao projeto, portanto, um protagonismo que foi partilhado entre os seus mais diversos integrantes.