Na última década, o adoecimento de docentes no Brasil tem crescido, com o acúmulo de atividades pedagógicas e burocráticas, sem que haja um amplo debate sobre a importância desses profissionais receberem cuidados afetivos, cognitivos e corporais. Esse estudo pretende refletir sobre a necessidade de ter atenção com o corpo do docente visando à integralidade do ser, para que este possa desenvolver uma educação mais humana e de qualidade. O estudo parte de uma abordagem qualitativa e se desenvolve mediante uma pesquisa bibliográfica, tendo no Portal de Periódico CAPES e na SciELO as bases para a obtenção dos dados, e com relatos de professores da educação básica. Sendo professora da educação básica e acompanhando de perto a realidade de muitos colegas, a pandemia causada pelo vírus COVID-19 piorou muito a qualidade da saúde docente. Os resultados apontam que é tempo de cuidar, de acolher e de prestar atenção nas necessidades afetivas, cognitivas e corporais de todas as pessoas envolvidas na educação, pois um sistema que não cuida da saúde do professor tende a ter uma educação também doente. Constata-se, também, a urgência de propor políticas públicas que prezem pela saúde integral do professor, oportunizando que esse, mediante um processo de autoconhecimento, cuide de si e incorpore uma educação saudável, como também desenvolva um habitus que o enxergue, bem como aos seus estudantes, em sua integralidade.