O espaço escolar é um microcosmos social por representar, minimamente, a pluralidade da comunidade em seu entorno. Neste contexto, muito se discute sobre inclusão dos sujeitos aos seus espaços e aos instrumentos educacionais. Faz-se necessário, porém, observarmos como ocorre esse processo includente na escola, considerando a diversidade que a compõe, as necessidades e as características específicas dos sujeitos, tornando reais os discursos que colaboram para uma educação equânime e inclusiva. Neste estudo, nos propomos a discutir acerca da escola pública brasileira como um lugar de inclusão que, por vezes, diante das inúmeras realidades, acaba trilhando o caminho contrário. Enfocaremos alguns conceitos considerados essenciais numa escola pública inclusiva como democracia, cidadania e diversidade, bem como apontaremos fatores que interferem nesse processo de inclusão pelas instituições de ensino público, como ausência de formação continuada para educadores que atendem estudantes com deficiência, salas de aula lotadas, ausência de recursos pedagógicos para o Atendimento Educacional Especializado (AEE), ausência de cuidador ou de professor auxiliar para acompanhamento do estudante, inacessibilidade aos espaços e aos bens culturais ou ainda a ausência de uma política pública voltada à Educação de Jovens e Adultos. Partindo da fundamentação teórica que embasa este estudo, propomos ações que visam minimizar os obstáculos e contribuir para que a escola se torne um espaço inclusivo, porém, sem esquecermos que para tal, faz-se necessária a relação corresponsável entre o Estado, a família, a escola e a sociedade para que o referido processo ocorra nas escolas públicas brasileiras.