Partindo da premissa que a Educação Superior deve se um espaço aberto à todos que desejam cursá-la, o presente artigo procurou retratar como o uso do Índice de Inclusão do Ensino Superior (INES), contribui para o planejamento de desenhos e práticas organizativas dos espaços universitários, abertos ao reconhecimento da pluralidade humana, em uma mirada crítica, intercultural e inclusiva. O material recolhido no estudo foi produzido a partir da aplicação do Índice de Inclusão do Ensino Superior (INES), em formato de formulário eletrônico, encaminhado por e-mail à estudantes, docentes e funcionários, de uma universidade pública brasileira. Este instrumento permitiu levantar como a comunidade acadêmica observou a presença/ausência indicadores de inclusão na instituição. De posse das respostas foi possível discorrer de que maneira as lacunas observadas se constituiriam em facilitadores da melhora da qualidade da educação, na universidade investigada. Os resultados evidenciaram a importância do uso instrumentos institucionais avaliativos atentos aos conceitos fundamentais de direitos humanos e de participação a distintos públicos em situação de vulnerabilidade na universidade, com destaque aos que se reconhecem em situação de deficiência. Em síntese, sugere-se que a aplicação do instrumento possa ocorrer de forma institucionalizada para possibilitar maior interação da comunidade acadêmica; disseminar conceitos fundamentais para o acesso e a inclusão de diferentes públicos em situação de vulnerabilidade; divulgar as políticas existentes na IES bem como incentivar a participação desses grupos (com destaque para as pessoas em situação de deficiência) na produção dessas normativas e, práticas inclusivas que viabilizem o acesso, permanência e participação ativa em condição de equidade e justiça social na universidade.