O envolvimento de toda a população, composta pela diversidade de corpos e mentes, é um elemento fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Para tanto, a sensibilização de cada componente quanto ao seu papel neste processo deve começar precocemente, com especial atenção à educação básica. Neste processo, busca-se a construção de ambientes acolhedores, livres de preconceitos e capacitismos, de modo a impedir o surgimento e a perpetuação das principais barreiras impostas às pessoas com deficiência, sendo as barreiras atitudinais as mais cruéis. Professores de todos os segmentos da educação relatam as dificuldades vivenciadas em sala para atender as especificidades de seus alunos. A falta de recursos e de formação especializada figuram entre as principais queixas dos profissionais e familiares. Como mais um componente do percurso da Educação, vivenciamos as mesmas dificuldades na Universidade Federal Fluminense, sendo esta uma instituição de ensino e também de formação de futuros profissionais da área. Na busca por estratégias e soluções que melhor atendessem nossos estudantes e público das ações de extensão, pessoas com deficiência ou não, aprofundamos nossas pesquisas nos campos da educação inclusiva, educação especial, tecnologias de acessibilidade e desenho universal. A partir daí, soluções inovadoras para abordagens de temas da saúde, em especial da Parasitologia e da Paleoparasitologia, em espaços formais e informais de educação foram sendo construídas e aprimoradas, com a participação ativa da comunidade universitária, promovendo profundas transformações em todos os agentes envolvidos. Neste capítulo vamos compartilhar nossas bases metodológicas, desafios, soluções encontradas e vivências no processo da inclusão aplicada nos projetos Parasitologia Tátil, Parasitologia Hoje, Paleoparasitologia para todos e Toxo UFF.