A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem como público predominante sujeitos que, comumente, são estigmatizados pela sociedade, uma vez que, por diferentes fatores, não conseguiram completar seus estudos em idade regular. Dessa forma, a pesquisa investiga como estudantes de EJA conseguem se situar nesse contexto de pós-pandemia no ambiente escolar, uma vez que, uma grande parte, não dispôs de recursos tecnológicos para acompanhar aulas em contexto de ensino remoto, dificultando o acesso à escola, e, consequentemente, impedindo ainda mais a aprendizagem e elevando as diferenças sociais. Além disso, a pesquisa ainda discute possibilidades de estratégias para o ensino da EJA de modo eficaz. Do ponto de vista teórico, buscamos embasamento em estudos de Gadotti e Romão (2007), Vanilda Paiva (2001), Osmar Fávero (2011), Paulo Freire (1980), entre outros. Do ponto de vista metodológico, realizamos uma entrevista, por meio do google formulário, cujo objetivo consistiu em identificar como esses sujeitos pensam e atuam socialmente. O estudo revelou que os discentes da EJA apresentam perspectivas de vida consistentes, traçando projetos de vida variados que vão desde aprender o próprio nome até a inserção na Universidade e no mercado de trabalho. Assim, constatamos que é necessário uma política pública mais eficaz para uma valorização dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos.