A perspectiva da neurodiversidade problematiza as concepções biomédicas de deficiência que enfatizam o autismo como doença a ser curada e não como identidade a ser reconhecida e respeitada. No contexto escolar percebe-se que a desinformação e o preconceito entre familiares, professores e crianças sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) ainda é um desafio a ser enfrentado. Diante dessa problemática, o presente trabalho objetiva, a partir de um relato de experiência, discutir a importância da interação social na sala de aula como elemento de inclusão e enfrentamento da naturalização pejorativa acerca das características gerais do TEA. Para tanto, além da revisão teórica acerca do autismo e da perspectiva da neurodiversidade, problematiza-se acerca das experiências como docente em uma escola privada localizada no município de Campina Grande – PB. A partir do contexto da sala de aula, observa-se que embora a escola mobilize ações favoráveis para a inclusão, muitos tabus e preconceitos precisam ser confrontados junto aos alunos e aos familiares de crianças autistas e não autistas. Uma das estratégias que impulsionam uma mudança concreta na relação das crianças na sala de aula são as dinâmicas de interação social numa perspectiva das contribuições da teoria de Lev Vygotsky. Diante do exposto, considera-se que é de suma importância ampliar a relação família escola visando consolidar abordagens multidisciplinares para expandir os conhecimentos sobre o espectro do autismo e sobre as potencialidades desses sujeitos.