Com o passar dos anos, o campo de estudos da Geografia da infância vem tomando espaço a partir das pesquisas que vão sendo construídas com essa temática. Se é debruçado nas distintas geografias que as crianças produzem e reproduzem no espaço geográfico. Mas, qual o lugar da Geografia na educação das crianças? É decerto que o público infantil desenvolve suas identidades em espacialidades distintas no meio, em localidades, bairros, casas, que vão moldando suas experiências. A disciplina de Geografia perante documentos que regem a educação no Brasil como PCNs e a BNCC, foi estabelecida no currículo das séries inicias do ensino fundamental, buscando fazer com que as crianças compreendam o que as rodeiam, analisando o espaço geográfico, tal como compreendendo seu lugar no mundo. Esse processo de uma forma sinérgica e significativa para a formação cidadã do público infantil gera autonomia dos alunos para que se reconheçam como parte do espaço geográfico. Para além disso, o artigo aqui discorrido destina-se a compreender através de uma revisão de literatura, como a educação geográfica nas séries iniciais vem sendo desenvolvida em espaços de resistências, tomando como base de estudos o recorte de assentamentos no meio rural-urbano. Os movimentos sociais em defesa de pautas importantes como a de moradia e o acesso a uma educação de qualidade, vem construindo alternativas a parte da educação institucionalizada. Visto a potencialidade da Geografia em educar para a formação cidadã, pode-se apurar que a educação geográfica nas escolas de formação construídas em áreas de luta por terra/moradia são significativas para que as crianças compreendam as conflitualidades as quais estão inseridas.