O trabalho discute a produção de material acessíveis na forma de vídeos para pessoas surdas e é originado das demandas da formação profissional de Técnicos de nível médio em Química e em Meio Ambiente, partindo da área da Filosofia, com foco para a filosofia da ciência e a epistemologia em seus desdobramentos da Filosofia da Química e dos fundamentos epistemológicos da Educação ambiental. O esforço é resultado de uma pesquisa aplicada de desenvolvimento com abordagem qualitativa que se inscreve nos processos de inovação educacional desenvolvidos no Programa Institucional de Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) do Ifal (edital n. 17 PRPPI/Ifal de maio de 2022). Os estudos realizados sobre a adaptação e a produção de conteúdo para a comunidade surda nos permitiram ressignificar a produção audiovisual, colocando a pessoa surda como centro do processo de concepção. Planejamento e desenvolvimento. Isso nos levou a romper com o modelo no qual o vídeo é produzido para depois ser complementado com a adição de recursos de adaptação para a surdez, em geral a tradução para Libras. Diante disso, passamos a conceber que a produção do material deve ter como elementos centrais a pessoa e a cultura surda; que produção de vídeos pode e deve ser pensada, planejada e desenvolvida para a comunidade surda; que é preciso repensar e a inverter a lógica de produção, promovendo uma práxis inclusiva que busca romper com os reducionismos advindos da prática de adaptação dos materiais disponíveis. A pesquisa nos fez perceber que a formação técnica de nível médio e a produção de materiais adaptados no campo da Educação Profissional e Tecnológica, para o ensino ou para a divulgação de conteúdos deve colocar a pessoa surda e a cultura surda como centro do processo de concepção dos materiais, quem sabe mais que isso, como sujeitos do processo.