Este trabalho centra-se na questão da implementação da Gestão Integrada da Educação Avançada (Gide) como sistema de gerenciamento nas escolas públicas de MG, sob a seguinte problemática: qual o conceito de qualidade e eficiência apresentados no âmbito deste programa e qual a relação entre a busca da eficiência propagada por esta política pública e a efetiva melhoria da qualidade da educação nas escolas estaduais de Minas Gerais? Percebe-se que há uma disputa de agenda entre a ideia de Estado concorrencial, suportado pela lógica da privatização, em detrimento do Estado de bem-estar social. Neste sentido, as escolas públicas ficaram submetidas a um processo gerencial que mensura quantitativamente a qualidade da educação, com projetos como a Gide, que impõem às instituições de ensino que o objetivo perseguido para melhoria da qualidade e da eficiência de seus processos se baseia em obter os maiores valores possível em indicadores. Fica claro o objetivo governamental de elevar de forma equitativa a qualidade da educação no estado, a um custo menor, com a preocupação em oferecer um “ensino de qualidade”; referindo-se às condições favoráveis de funcionamento das escolas, bem como ao bom desempenho dos alunos. Ainda que a Gide não possua uma gestão puramente tecnicista, a prevalência dos mecanismos normalizadores sugere a ideia de uma gestão mais empresarial, cujo enfoque é voltado aos resultados. Neste sentido, a Gide padroniza um modelo de prática escolar voltado para o alcance de resultados que pressupõe maior eficiência. Ou seja, a padronização dificulta atuar fora desses padrões e inclui esta conduta na prática docente, que passa então a relacionar padronização com eficiência. Para a realização desta pesquisa, foi feita a opção por uma abordagem qualitativa. Para a coleta de dados utilizou-se: pesquisa bibliográfica e documental, sendo a metodologia de natureza descritivo-exploratória.